O pedal de sábado iniciou com a ideia de visitar a Cachoeira Lambari, mas o resultado ao final do dia foi a presença em seis quedas d'água com direito à novas descobertas de cachoeiras até então ainda não catalogadas.
O dia começou com a trilha junto à turma Pedal Light, que nos guiou até a Cachoeira Lambari. A ida foi tranquila, partindo pelo bairro Novo Horizonte, pegando a estrada sentido á região do Buracão e passando pelas bananeiras. O trajeto até a cachoeira foi praticamente todo formado por descidas, desde as mais tranquilas até as mais difíceis.
A parada na Cachoeira Lambari resultou na exploração de uma segunda queda existente logo abaixo da queda principal. Apesar de bonita, a dificuldade em acessá-la deixa claro que visitar a queda principal já vale a pena.
A próxima parada foi na Cachoeira do Desamparo, e para chegar até ela os ciclistas tiveram um belo desafio, subir a estrada da ARPASA até chegar às margens da BR 050. Feito isto, o resto do caminho foi mais tranquilo, passando por vales, matas e pastagens até chegar às duas quedas da cachoeira que está localizada bem próxima de Araguari mas, infelizmente, a visita foi só para apreciar, uma vez que suas águas não são próprias para banho.
O primeiro passeio do dia terminou chegando pela estrada do fundão, em um pedal tranquilo de pouco mais de 40 km.
No período da tarde a trilha foi realizada com a Turma do Ademir, que propôs descobrir uma cachoeira ainda inexplorada sentido vilarejo do Alto São João. Era pouco mais de 14h quando o grupo partiu e se juntou em parte do trajeto com o grupo da Center Bike, que estavam indo visitar uma bela cachoeira na propriedade do Sr. Tubertino, que também cede seu nome à cachoeira.
Próximo ao posto Boiadeiro as turmas se separaram e seguimos nosso trajeto sentido ao vilarejo do Alto São João, onde tomamos conhecimento que na verdade esta cachoeira estava localizada próxima ao distrito de Piracaíba.
O grupo tocou então sentido a Fazenda das Flores, centenária propriedade que encontra em processo de restauração. Após solicitação junto ao proprietário conseguimos autorização para explorar suas terras e visitar esta cachoeira, que é formada por duas quedas, mas apenas a primeira e, também a menor, já havia sido frequentada por ele.
Encontrar a primeira queda não foi difícil. Com acesso difícil em meio a mata fechada, nos defrontamos com uma queda de 10 metros que forma em sua base um pequeno poço convidativo para um refrescante banho. A parada na primeira queda foi curta, pois estávamos em busca da segunda e também maior queda. Esta com cerca de aproximadamente 50 metros.
Após descer um pouco mais pelas trilhas que margeiam a mata ciliar finalmente chegamos ao topo da cachoeira. Sua altura impressionante, mal nos permitia enxergar o final de sua queda, sendo esta escondidas pelas árvores.
As bordas da cachoeira são formadas por um paredão rochoso que não facilitava sua descida mas, após estudar o local, encontramos uma pequena passagem passando por uma de suas laterias e descendo com a ajuda das árvores e raízes. Foi um trajeto em um território ainda não explorado, o que dificultou bastante que aproximássemos da cachoeira e a víssemos de frente.
Não foi possível chegar até o final de sua queda, mas descemos o suficiente para conseguir ter uma vista completa da mesma, o que já serviu como prêmio e nos deu uma motivação maior para seguir caminho acima, encarando o árduo trajeto de volta para seu topo.
Cachoeira catalogada, é hora de seguir para casa. O restante do trajeto foi tranquilo e chegamos no vilarejo do Alto São João logo ao anoitecer. A partir daí, ligamos os faróis das bicicletas e seguimos de volta para Araguari, em um mais um pedal concluído com sucesso e seis quedas na conta.
Confira nos vídeos abaixo como foram estas experiências.
CICLOTURISMO À CACHOEIRA LAMBARI
CATALOGANDO CACHOEIRA DAS FLORES
Por Paulo Cascão
